O limite dos pagamentos por aproximação, sem a necessidade de contato físico para digitar senhas, dobrou e passou para R$ 100, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões).

A decisão foi aprovada na segunda-feira (dia 6) em um momento que a indústria de cartões registra o avanço dos pagamentos por aproximação, com a mudança de hábito do consumidor em função da crise do coronavírus. A data para o início da vigência do acordo ainda não foi divulgada.

O consumidor passou a usar menos dinheiro em espécie e a utilizar mais os pagamentos por aproximação, por meio da tecnologia NFC (Near Field Communication).

No primeiro trimestre deste ano, o pagamento por aproximação no Brasil cresceu 456% e movimentou R$ 3,9 bilhões ante R$ 708 milhões registrados em igual período de 2019, segundo dados do balanço mais recente da Abecs.

Mesmo com o crescimento expressivo, a participação desse meio de pagamento ainda é pequena (1,31%) em relação ao total movimentado nas compras feitas com cartão de crédito no primeiro trimestre (R$ 297,7 bilhões).

De acordo com a Abecs, o setor vem trabalhando para ampliar o uso de NFC na rede de aceitação de cartões, que, ao todo, hoje conta com cerca de 10 milhões de terminais no Brasil.

“A modalidade é uma das principais tendências em meios de pagamento, com benefício de evitar o contato físico e, consequentemente, a transmissão de doenças”, informou a associação na divulgação do balanço. Em março, já sob os efeitos da quarentena, a alta foi de 385%, com volume de R$ 1,4 bilhão.

Em abril, uma pesquisa da Mastercard mostrou que cerca de 75% dos brasileiros informaram que continuarão usando pagamentos por aproximação mesmo após o final da pandemia.

Sete em cada dez entrevistados (69%) também preferem fazer compras em lojas que ofereçam a opção de pagar por aproximação e 61% disseram que, agora, esse meio de pagamento é sua forma favorita de pagar.

 

Fonte: https://noomis.febraban.org.br/noomisblog/pagamento-por-aproximacao-dobra-limite-para-r-100