Estudo do IBOPEdtm, encomendado pelo C6 Bank, mostra que 60% dos entrevistados preferem usar o Pix para pagamentos e transferências bancárias, à frente das opções tradicionais TED e DOC. A pesquisa, publicada pelo Valor Investe, foi feita entre 18 e 24 de novembro, com 2.000 pessoas de todas as regiões do Brasil.
Lançado para operação plena em 16 de novembro, o sistema de pagamento instantâneo capitaneado pelo Banco Central (BC) permite fazer transações 24 horas por dia e 7 dias por semana, com liquidez imediata.
Segundo números do BC, até o dia 3 de dezembro foram concluídas 43 milhões de transações, que movimentaram R$ 40,5 bilhões. O número de chaves Pix, cadastro de cada usuário na plataforma, chegou a 99,7 milhões, entre empresas e pessoas físicas.
Esse grande alcance já nas primeiras semanas é fruto de um forte trabalho de divulgação por parte do BC e das instituições financeiras e de pagamento. De acordo com o estudo, somente 8% dos respondentes não sabiam do que se tratava o Pix.
PIX NO COMÉRCIO
A pesquisa aponta que 45% das pessoas têm intenção de fazer pagamentos de produtos e serviços em estabelecimentos comerciais. Para este tipo de transação, o Pix funciona por meio de leitura de QR Code.
Na visão da Febraban, o Pix será uma importante ferramenta para ajudar na retomada econômica do país, à medida que as transações instantâneas darão mais agilidade aos negócios. Ou seja, um pagamento realizado em um comércio fora de dia e horário de expediente será concluído em até 10 segundos, acelerando as trocas comerciais.
O levantamento do IBOPEdtm mostra ainda que 56% dos brasileiros querem usar o novo sistema para pagar contas de consumo, como telefone, água e luz de maneira rápida e pelo aplicativo do seu banco, fintech ou carteira digital.
A Febraban destaca ainda que o Pix será uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais, que somente de custo de logística totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano. A Federação avalia que a iniciativa deverá reduzir a necessidade de saques nas agências e nos caixas eletrônicos, o que também traz maior conveniência aos clientes bancários.