Mais do que velocidade nos serviços e na conectividade, o avanço dos meios de pagamento instantâneo no Brasil e no mundo traz desafios a empresas, bancos, fintechs e todos que atuam no setor.
Aprimorar a experiência do usuário, tornar as operações cada vez mais simples e seguras, sem riscos de fraudes, e ampliar a inovação estão entre as principais delas, de acordo com mapeamento feito em 56 países que atuam no mercado de meios de pagamento instantâneo.
O estudo Flavor of Fast 2020, que mapeou o segmento, foi elaborado pela FIS, empresa fornecedora de soluções de tecnologia para comerciantes, bancos e empresas do mercado de capitais em todo o mundo, em parceria com a Savanta, consultoria de dados e pesquisa de mercado.
Em 2014, quando o relatório começou a ser realizado, somente 14 países tinham sistemas de pagamento em tempo real, o que mostra a evolução do segmento e a transformação digital nas formas de pagamento instantâneo.
O estudo Flavor of Fast 2020, que mapeou o segmento, foi elaborado pela FIS, empresa fornecedora de soluções de tecnologia para comerciantes, bancos e empresas do mercado de capitais em todo o mundo, em parceria com a Savanta, consultoria de dados e pesquisa de mercado.
Em 2014, quando o relatório começou a ser realizado, somente 14 países tinham sistemas de pagamento em tempo real, o que mostra a evolução do segmento e a transformação digital nas formas de pagamento.
De acordo com o relatório, o Brasil movimenta R$ 24,2 bilhões por mês, com aproximadamente 3,8 milhões de transações instantâneas por dia, o que o coloca em uma situação de destaque e positiva em relação a sistemas de pagamentos instantâneos de países como o Canadá e os EUA.
O volume de transações entre os brasileiros cresceu quase 50% entre maio de 2019 e abril deste ano, em relação aos 12 meses anteriores.

O estudo menciona ainda que o lançamento do Pix, estrutura de pagamento instantâneo coordenada pelo Banco Central, deve incrementar ainda mais esse desempenho, “com a eliminação de intermediários e reduzindo assim os custos de transação”.
Dados do Banco Central divulgados na semana passada (dia 30) mostram que foram registradas mais de 28 milhões de transações com a nova modalidade de pagamento.
O volume financeiro movimentado pelo Pix alcançou R$ 24,144 bilhões no prazo de duas semanas desde o seu lançamento, em 16 de novembro.
A Índia continua liderando os pagamentos realizados em tempo real, com o processamento de 41 milhões de transações ao dia, superior a qualquer outro país, segundo o estudo, que destaca ainda que, nos EUA, mais de 130 instituições financeiras estão implementando pagamentos em tempo real. O número é cinco vezes maior do que o verificado desde setembro de 2019.
“Como o desemprego cresceu e as empresas foram desafiadas a mudar a forma como operam, a necessidade de ampliar as formas de pagamentos tornou-se mais crítica”, menciona William Wied, CIO (Chief Information Officer) da unidade global de pagamentos da FIS.
“Os governos estão desempenhando um papel de liderança nos pagamentos sem contato, incluindo desembolsos de auxílio financeiro, restituições de impostos e outras remessas de uma forma mais em tempo real”, completa.

Em relação ao ano passado, seis países dobraram o volume de pagamentos em tempo real e quatro dobraram o valor transacionado, de acordo com o levantamento.
O estudo sugere que deve haver maior colaboração entre os países quando se trata de meios de pagamento eletrônico, com a criação de produtos financeiros com tecnologia mais inovadora, também relacionados a setores como varejo, atacado e serviços, para atender consumidores acostumados com as ofertas das big techs.